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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Senacon divulga os primeiros dados do consumidor.gov.br

O desempenho das empresas reclamadas no siteconsumidor.gov.br já pode ser consultado por empresas e consumidores. A disponibilização dos dados foi anunciada na semana passada pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon-MJ).

Estão disponíveis a quantidade de reclamações finalizadas por empresa, o índice de resolução, a satisfação do consumidor com o atendimento de seu fornecedor e o prazo médio de resposta. “Por ser um serviço público para solução alternativa de conflitos de consumo, é muito importante que toda a sociedade acompanhe o comportamento do mercado“, afirma a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira.

O consumidor.gov.br foi lançado em 27 de junho e teve a adesão de 127 empresas (elas podem optar se querem ou não fazer parte do novo sistema). Outras 52 estão em fase de credenciamento e cerca de 19 mil consumidores estão cadastrados e mais de 9 mil já registraram reclamações.

A plataforma tem como proposta amenizar a vida dos consumidores que poderão utilizá-la para buscar solução de conflitos com seus fornecedores sem precisar se dirigir a um posto do Procon. E são justamente os Procons os gestores desse site. 

Eles monitoraram as postagens das queixas e as respostas das empresas e, se for necessário, farão a intervenção, como, por exemplo, de demanda encaminhada à empresa errada ou de questão que está sub-judicie. Os órgãos públicos de defesa do consumidor poderão também interferir se a empresa não responder na ferramenta ou se o consumidor não concordar com as providências.

“Um dos principais objetivos do consumidor.gov.br é aproximar o consumidor dos fornecedores para solução de problemas. Para isso, criamos um espaço público de conciliação, para que as empresas valorizem muito essa oportunidade e contribuam para a diminuição de litígios judiciais e nos Procons”, completa a secretária.

A plataforma já pode ser acessada pelos consumidores de 16 unidades da federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo. Até 1º de setembro estará disponível para todo o Brasil.



Telecomunicações lideram queixas

Repetindo os demais rankings públicos de reclamações de consumidores, as empresas de telecomunicações lideram as postagens no consumidor.gov.br, com 48,5%, seguida por serviços financeiros (20,5%) e produtos de telefonia e informática (17,5%). Eletrodomésticos têm 6,98% das queixas. 

A empresa mais reclamada é a Vivo Telefônica, que recebeu 1.213 indicações e solucionou 66,9% no prazo médio de 7,5 dias (o prazo máximo de respostas é de 10 dias). Oi Fixo vem em segundo lugar, com 1.091 queixas, e 99,5% foram respondidas em nove dias. A empresa solucionou 52,3%.

A nota dada pelo consumidor pós-solução da demanda postada no consumidor.gov.br é um dado que pode interferir na decisão de compra. Na média, as empresas receberam 1,95 (a nota máxima é 5), mas algumas chegaram próximas ao teto, como a Garantec, com 4,7; a Purificador de  Água Brastemp, com 4,6 e as Atlas Eletrodomésticos e Lojas Americanas, com 4,5. 

Para sete empresas, o consumidor deu nota 1 (BB Consórcio, TAM Viagens; Bradesco Auto/RE, Itaú Unibanco Capitalização, Luizaseg, Oi Paggo Administradora de Crédito e Sorriso Operadora Odontológica). A explicação para nota tão baixa pode ser encontrada no item solução. BB Consórcio, TAM Viagens, Itaú Unibanco Capitalização e Oi Paggo Administradora não apresentaram solução às demandas de seus clientes.

Odontoprev se destaca também entre as empresas que menos responderam (50%) e nas que mais demoraram para responder (9 dias). Nesse quesito, Avianca (voos internacionais), Caixa Seguros e Oi Paggo Administradora de Crédito só responderam a seus clientes no prazo-limite (de dez dias).

Conforme Juliana Pereira, da Senacon, o governo vai usar a conduta das empresas no consumidor.gov.br para criar políticas públicas e até intervenções. Segundo ela, está descartada a aplicação de multas com base nesses dados. “Por meio do consumidor.gov.br, o cidadão está sinalizando para o Estado o que está ocorrendo no mercado.”

Consumidora consegue suspender aumento abusivo do plano de saúde

A autora I. U., ao completar 59 anos de idade, teve um aumento de 92,93% da mensalidade do plano de saúde, tendo procurado por diversas vezes o plano de saúde Unimed-Belém solicitando a solução do problema, sem, entretanto obter êxito, tendo a empresa requerida alegado que o aumento se tratava de suposto reajuste legal, com previsão contratual, por ter a requerente completado idade.

Para o escritório que assessorou a autora, o aumento onera excessivamente a consumidora, gerando desequilíbrio contratual, pois a cláusula que prevê aumento em razão de mudança de faixa etária não prevê os percentuais de cada uma delas, e a aplicação de percentual de 92,93% configura clara abusividade, em afronta a regra do artigo 51, IV, do Código de Defesa de Consumidor e ainda está em desacordo com as normas da Agencia Nacional de Saúde (Resolução Normativa Consu 63/2003).

A juíza da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém deferiu a liminar para determinar que a parte Ré proceda ao reajuste dos valores cobrados do plano de saúde da autora conforme a determinação da ANS (Agência Nacional de Saúde) e ainda que abstenha-se de interromper a prestação de serviços de saúde a reclamante.

Com a decisão a mensalidade, que estava sendo cobrada no valor de R$ 1.570,56, passou a ser R$ 814,04. A ação pede ainda indenização por danos morais no valor de R$ 20.000,00, e a devolução dos valores pagos a mais pela consumidora, ambos pedidos ainda pendentes de julgamento.

Fonte: JusBrasil

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

MP de Goiás discute vulnerabilidades e hipervulnerabilidades do consumidor

Aproximadamente 300 pessoas se reúnem na sede do MPGO


Cerca de 300 pessoas, representantes de várias entidades, participaram dos debates a respeito das vulnerabilidades e hipervulnerabilidades do consumidor, levantados em seminário promovido pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) sobre este tema. O encontro foi realizado no dia 15 de agosto, em parceria com o Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) e as Jornadas Brasilcon Acadêmico.

O evento discutiu o assunto a partir das considerações feitas em cinco palestras, que enfocaram questões como a “proteção da criança consumidora”, “o princípio da vulnerabilidade na publicidade e nas práticas comerciais”, “a hipervulnerabilidade do consumidor idoso”, “a hipervulnerabilidade psíquica” e “a proteção do consumidor turista”.

A saudação de boas-vindas aos participantes foi feita pelo procurador-geral de Justiça, Lauro Machado Nogueira, que lembrou: o Código de Defesa do Consumidor (CDC) já reconhecia, quando de sua edição, a situação vulnerável do consumidor, ele observou que o assunto merece agora um olhar mais atento.

“Diante da nova configuração da sociedade de consumo brasileira, faz-se necessário também o reconhecimento de um estado de vulnerabilidade agravada, a hipervulnerabilidade de certos grupos de consumidores”, avaliou o procurador-geral de Justiça, Lauro Machado Nogueira, citando que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) sempre previu tal situação.

Neste sentido, ele ainda observou ser recomendável assegurar um tratamento jurídico diferenciado entre os vulneráveis e os hipervulneráveis, garantindo a estes últimos uma proteção mais específica e qualificada. “Este evento visa suscitar o debate sobre estes temas, ligados ao desequilíbrio excessivo nas relações de consumo e a necessidade de interpretação do sistema jurídico brasileiro de proteção dos consumidores a partir de novos fatores de agravamento das situações de vulnerabilidade”, ponderou, desejando aos presentes uma discussão proveitosa.

TÉCNICAS DE ESTÍMULO

Encarregado da palestra de abertura do seminário, sobre o tema “O Princípio da Vulnerabilidade nas Publicidades e nas Práticas Comerciais”, o procurador de Justiça Paulo Valério Dal Pai Moraes, do MP do Rio Grande do Sul, explicou os critérios que norteiam a análise atual dessa questão. Fazendo referência a estudos de Psicologia e Neurociência, ele mostrou como o marketing e os fornecedores trabalham com técnicas direcionadas para exploração da vulnerabilidade do consumidor para criar necessidades, desejos e estimular o consumo.
Conforme alertou, é fundamental conhecer essa estrutura para se alcançar uma situação de maior controle para o consumidor. Saber como o sistema funciona, reforçou Dal Pai, permite desenvolver mecanismos mais eficazes de proteção. 

Na segunda palestra da manhã do dia 15 de agosto, o professor Vitor Hugo do Amaral Ferreira, mestre em Integração Latino-Americana pela Universidade Federal de Santa Maria, abordou o tema A Proteção da Criança Consumidora.


IDOSO E A VULNERABILIDADE PSÍQUICA 

No período vespertino, o advogado especialista em Direito do Consumidor, doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Cristiano Heineck Schmitt, falou sobre as áreas que abrangem a hipervulnerabilidade dos consumidores. Segundo enfatizou, o artigo 39, inciso 4º do CDC, veda ao fornecedor a prática abusiva de se prevalecer da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social.

Conforme esclareceu, é neste ponto que é preciso ter especial atenção à defesa dos direitos dos consumidores idosos, jovens, crianças, enfermos, pessoas com necessidades especiais e com baixo poder aquisitivo. Ele ainda citou que o termo hipervulnerabilidade surgiu a partir do Recurso Especial nº 586.316/MG, interposto no Superior Tribunal de Justiça (STJ), de relatoria do ministro Herman Benjamim.

Ele julgou insuficientes os dizeres “contém glúten”, veiculados em embalagens de alimentos industrializados considerando os riscos à saúde e segurança de consumidores celíacos. Além do dever de informar, ele afirmou que o fornecedor tem também o dever de advertência sobre eventuais riscos. “A informação ao consumidor deve ser potencializada”, afirmou Schmitt.

Na segunda palestra da tarde, o professor Diógenes Carvalho, doutor em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás (PUC-GO), falou sobre o tema “A Hipervulnerabilidade Psíquica do Consumidor”. Já a professora Fabiana D'Andrea Ramos, doutora em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, abordou a “Proteção do consumidor Turista”.


CONCURSO DE ARTIGOS

Ao final da tarde, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, Alessandra de Melo Silva, fez o lançamento do I Concurso de Artigos do Tema “A Proteção dos Vulneráveis e Hipervulneráveis no Direito Privado Brasileiro”. O objetivo da iniciativa é mobilizar a comunidade jurídica, especialmente os acadêmicos em Direito, para a apresentação de artigo jurídico que será publicado na próxima edição da Revista do Ministério Público de Goiás. Confira aqui a íntegra do edital.


PARTICIPAÇÃO DO IBEDEC GOIÁS

Convidado a participar do evento a convite do Ministério Público Estadual como presidente do Instituto Brasileiro de Defesa e Estudo das Relações de Consumo – Seção Goiás (Ibedec-GO), Wilson Cesar Rascovit ressaltou a importância do curso realizado em Goiânia.

“O curso oferecido pelo Ministério Público, que discutiu a vulnerabilidade e a hipervulnerabilidade do consumidor foi de suma importância aos participantes, principalmente por ser direcionado aos futuros operadores do Direito no País. Hoje, podemos verificar que crianças, idosos e turistas se enquadram perfeitamente no quadro de hipervulnerabilidade”, disse.

“Nós, consumidores, somos totalmente vulneráveis às publicidades e às práticas comercias realizadas pelos fornecedores e, muitas vezes, adquirimos um produto impulsionados pelas  propagandas realizadas sobre determinado item”, ressaltou Rascovit.



Fonte: Da assessoria do Ibedec Goiás com informações de  Ana Cristina Arruda e Cristina Rosa, da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO. Foto: João Sérgio/MPGO

Procon Goiás orienta candidato a motorista que pretende tirar CNH

O Procon Goiás faz um alerta para o consumidor que deseja iniciar o processo para adquirir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Veja abaixo as orientações do órgão de defesa do consumidor.

É importante que o candidato observe o melhor custo/benefício e faça, antes, uma pesquisa de preços. O candidato a motorista possui duas opções para iniciar o processo, a primeira é no próprio site do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) - www.detran.go.gov.br, e a segunda opção é a contratação do serviço por meio de uma autoescola.


Ao optar pela abertura do processo por meio do Detran, o consumidor deve seguir as orientações dispostas no site do órgão, que possui informações sobre o procedimento, além dos valores das taxas cobradas referentes a cada categoria. Porém, será necessário a contratação de uma autoescola para as aulas práticas de direção.

Quando a opção pela abertura do processo for diretamente em uma autoescola, a empresa poderá sugerir ao candidato o Centro de Formação de Condutores (CFC) para a realização do curso teórico. Porém, não poderá haver imposição, pois pode configurar como venda casada, devendo, nesses casos, haver a denúncia ao órgão de defesa do consumidor. No entanto, as informações devem estar claras e precisas ao consumidor como, qual o valor das taxas cobradas, como, por exemplo, de matrícula pelo serviço de aulas práticas e de reteste, em possível caso de reprovação.

Pesquisar ainda é a melhor dica, se a intenção for economizar. Antes de contratar os serviços cobrados pelas autoescolas, verifique junto ao Detran os valores cobrados individualmente e constate a diferença cobrada pelos serviços contratados, que são os honorários ou as chamadas taxas de matrículas, avaliando neste caso o melhor custo/benefício.

Procure se informar antes de contratar os serviços de determinada empresa, o grau de satisfação de amigos ou conhecidos que já utilizaram os serviços deste estabelecimento. Exija da autoescola que todas as aulas teóricas e práticas sejam cumpridas rigorosamente em quantidade e tempo de cada aula.

Peça ainda, por escrito, tudo que foi prometido pela autoescola e exija recibo de tudo que for pago. Isso será necessário em caso de necessidade de abertura de reclamação futura junto aos órgãos de defesa do consumidor.

Por fim, lembre-se: o consumidor é quem escolhe se quer abrir o processo diretamente no Detran ou na autoescola. O Procon Goiás está à disposição do consumidor que deseja tirar dúvida ou que queira fazer uma denúncia por meio do número 151 (ligação gratuita) ou ainda (62) 3201-7100.

Fonte: Procon Goiás

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Cinco erros que acabam com o seu dinheiro antes do fim do mês

É muito comum ouvirmos queixas de amigos e pessoas próximas quanto ao fato do salário acabar antes do final do mês. Esse fato, muitas vezes levado para o lado do bom humor característico do brasileiro, na verdade representa um grave problema financeiro para boa parte das pessoas.

A regra máxima e mais abrangente da educação financeira defende que as pessoas respeitem os limites de renda. A boa gestão muitas vezes pode ser resumida no indispensável e óbvio hábito de gastar menos do que se ganha. É claro que outras questões, como investir com inteligência ao longo no tempo, também fazem enorme diferença.

Analisando ao longo do tempo algumas características das pessoas que passam por problemas financeiros clássicos (o dinheiro do salário que cai na conta corrente e rapidamente acaba), percebi que existem algumas razões a existência de tal situação.

São padrões que se repetem e muitas vezes não são percebidos por quem está envolvido na situação. Dentro dessas diversas razões, cinco me chamaram especialmente a atenção e peço espaço para compartilhá-las a partir de agora:


Erro 1: Consumismo por impulso

Em diversos momentos da vida, percebemos que as pessoas tomam decisões de consumo erradas, especialmente diante de situações de forte apelo emocional. É assim, por exemplo, quando gastamos mundos e fundos quando descobrimos que um filho está a caminho, quando decidimos, de bate pronto, comprar um presente pra quem amamos ou na hora de preparar a melhor festa de casamento possível.

Essas decisões com aspectos puramente emocionais representam despesas que costumam ser altas – até por isso são, na maioria das vezes, parceladas e passam a fazer parte dos gastos das pessoas por um longo tempo. Outro exemplo típico de decisão de consumo tomada por forte apelo emocional é a troca de carro. O brasileiro vê o carro como um bem posicional e essa relação de amor e dívidas cria grandes problemas pra muita gente.

Como mudar esse quadro? Para quem percebe que é muito suscetível a tomar decisões inesperadas e com forte apelo emocional é justamente dedicar mais tempo para planejar melhor o que irá fazer com o dinheiro dentro do mês.

É fundamental também criar, o mais rapidamente possível, uma estratégia para formação de reservas (para emergências) e também para investir. A melhor alternativa é sempre separar um percentual do salário para esse fim e não esperar o final do mês para ver o que sobrou.


Erro 2: Gastos desnecessários e desconhecidos

Ao analisarmos os gastos das pessoas que nos contratam para o serviço de consultoria financeira, especialmente a planilha de acompanhamento de gastos, é sempre fácil encontrar valores consideráveis categorizados como “Outras despesas”, “Gastos Diversos” ou simplesmente “Outros”.

O fato de não categorizar devidamente os gastos faz com que não seja possível detectar para onde o dinheiro está indo de fato. Com a experiência do trabalho, o fato de não estar categorizado sinaliza que tratam-se de despesas muitas vezes desnecessárias e que não estavam previstas dentro do orçamento. Bobagem, mesmo. É fundamental acompanhar o orçamento doméstico de perto e tratar fazê-lo da forma mais detalhada possível, pois dessa forma será muito mais fácil definir o real padrão de vida e ajustar gastos para as diferentes despesas que fazem parte da vida das pessoas.

Erro 3: Ostentar e não seguir um padrão de vida só seu 

O automóvel pode exemplificar um dos principais símbolos de ostentação no Brasil. Muita gente passou a considerar uma pessoa bem-sucedida ao avaliar qual carro a pessoa está dirigindo. Com isso, muitos decidiram trocar de carro, buscando um modelo mais luxuoso, simplesmente porque não aguentou ver os amigos de trabalho com carros novos e “melhores” que o seu. Para não ficar “por baixo”, há quem se viu “obrigado” a comprar um novo carro, afinal o velho sinalizava fracasso (?!).

As pessoas escolhem trocar de carro pelas razões erradas. O fator segurança é frequentemente negligenciado, sendo as escolhas basicamente tomadas pelo status que alguns modelos (mais caros) podem oferecer aos seus donos. Aqui o desfecho é também semelhante ao do primeiro erro. Para poder bancar e desfilar sua ostentação e “sucesso”, muita gente opta por financiar o carro com parcelas a perder de vista. Muitas parcelas, somadas aos outros gastos que o carro traz, acabam destruindo as finanças (e, mais importante, a família) de muita gente.

O exemplo do carro pode ser substituído por imóveis, viagens sem planejamento para locais que são mais caros porque estão na moda e por ai vai. Viva a sua vida, definida por prioridades e necessidades suas e de sua família e sem o peso das expectativas dos outros. Parece fácil, eu sei, mas não é bem assim. Comece definindo as suas prioridades familiares e delas estruture seu padrão de vida e orçamento doméstico.


Erro 4: Não saber o que quer na vida

Alguém já disse que “quem não sabe o que quer costuma se contentar com pouco”. Trata-se de uma afirmação que tem a minha simpatia. Graças ao meu trabalho, tenho a oportunidade de conhecer muitas pessoas de diferentes perfis. Aproveito a chance para conversar e observar a forma como essas pessoas lidam com algo que considero fundamental: a ambição.

Algumas pessoas consideram que ambição é algo ruim, mas pensam assim porque frequentemente a confundem com ganância. Eu considero que a dose certa de ambição é fundamental para quem busca sucesso em qualquer parte da vida, e nas finanças isso também acontece.

Tenho notado uma característica surpreendente em muita gente que hoje passa por problemas de ordem financeira: a maioria não sabe o que quer da vida; são pessoas que se preocupam apenas com o hoje e abrem mão de planejar o futuro. Elas simplesmente não têm prioridades.

São pessoas que não sabem, por exemplo, diferenciar o longo do curto prazo. Tem gente que trata 12 meses como longo prazo e isso certamente é algo que acaba prejudicando o planejamento financeiro e a conquista dos sonhos.

Vale lembrar que o brasileiro teve sua expectativa de vida aumentada em 17,9% entre os anos de 1980 e 2013, passando de 62,9 anos (média) para 73,9 (média), de acordo com Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Ao viver mais, é importantíssimo levar em consideração, cada vez mais cedo, a necessidade de programar a aposentadoria e a formação de poupança, aceitando de uma vez por todas que a Previdência Social não terá condições financeiras para arcar com as aposentadorias e benefícios das pessoas.

Ou seja, tenha um Plano B para o seu futuro e comece a investir nele agora mesmo! A ideia não é deixar de viver o presente, mas conscientizar-se de que definir prioridades e planejar os próximos passos da vida e carreira tornarão as coisas mais simples. A tendência é que os sonhos sejam alcançados (afinal, essa é a graça, certo?).


Erro 5: Não estipular no orçamento valores para compras e lazer

No Brasil, um fenômeno muito interessante acontece em muitas famílias. As pessoas passam um período muito longo sem gastar com lazer e compras de uma maneira geral e acabam, em uma única oportunidade, gastando muito e estourando todo o orçamento para os meses (e anos) futuros.

Há nessa situação dois aspectos: o primeiro é o represamento do consumo. Hoje, percebemos nos comerciais e na mídia um assédio constante para aproveitar ofertas mirabolantes de praticamente tudo, desde roupas, sapatos, oportunidades de viajar para lugares inesquecíveis até comida congelada.

Quem não separa um valor mensal adequado para esse tipo de gasto se torna muito mais vulnerável a ceder aos encantos do consumo e normalmente quando o faz costuma “chutar o balde”.

O segundo aspecto é que a maioria dos gastos para despesas deste tipo são pagos através de cartão de crédito. Os valores altos feitos sem planejamento logo chegam em casa na forma de uma fatura, que algumas pessoas decidem pagar usando a opção do rotativo do cartão (pagamento mínimo), modalidade que alcança juros superiores a 200% ao ano, a partir daí a bola de neve começa a rolar e pra muita gente é o começo de muitos problemas.

A melhor alternativa é destinar valores realistas para as despesas com lazer e compras dentro do orçamento mensal. Agindo dessa forma, as tentações de consumo serão dissipadas por meio do bom planejamento. Além disso, se você não é bom no controle financeiro familiar, evite concentrar muitas compras no cartão de crédito.

Fonte: Dinheirama

Brasil registra uma tentativa de fraude a cada 17,2 segundos no mês de junho

O número de roubos de identidade para realização de negócios ou obtenção de crédito de maneira irregular caiu 11,9% em junho ante maio e 11,2% em relação a junho de 2013. 

Apesar da queda, o número chegou a 150.864 tentativas de fraude no mês passado, o que representa uma a cada 17,2 segundos no País, segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude.

No acumulado do primeiro semestre deste ano, o recuo do índice foi de 3,4% ante o mesmo período do ano passado. Na internet, alguns cuidados podem ser tomados para evitar golpes.

Do total de tentativas de criminosos de fraudar dados pessoais de consumidores para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito sem a intenção de honrar os pagamentos, 36,6% se deram no setor de telefonia, segmento com maior concentração de ocorrências. 

Em junho, o setor de serviços apareceu em segundo lugar, com 33,3% das tentativas de fraude. Neste segmento, se enquadram construtoras, imobiliárias, seguradoras e prestadores de serviços. Com 20,0% do total, o setor bancário é o terceiro colocado.

A Serasa Experian destaca que entre as principais tentativas de golpe aferidas pelo indicador estão: emissão de cartões de crédito, financiamento de eletrônicos no comércio varejista e compra de celulares com documentos falsos ou roubados.

METODOLOGIA
A Serasa Experian esclarece que o Indicador de Tentativas de Fraude - Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da entidade: o total de consultas de CPFs efetuado mensalmente e a estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes - Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados pela probabilidade de fraude.

Fonte: MSN

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Abraceel: brasileiros temem racionamento de energia elétrica ainda em 2014

Os brasileiros temem que haja a necessidade de racionamento de energia ainda em 2014. Segundo pesquisa exclusiva do Ibope, 75% dos cidadãos consideram que os riscos de escassez de fornecimento são de muito alto a médio este ano.

A pesquisa foi encomendada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), que acaba de lançar a campanha "A Energia da Democracia é Livre", encampada por mais de 60 empresas e organizações de todo o País. "Pode-se perceber que o cidadão acompanha os problemas de abastecimento que o setor vem enfrentando", afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.

Nada menos do que 88% dos brasileiros querem que seja iniciada imediatamente uma campanha de conservação de energia, de maneira a evitar que a falta de luz se torne um problema crônico. "Por incrível que pareça, a agenda da eficiência energética está na cabeça do cidadão, mas não das autoridades", explica Medeiros.

A energia é percebida como um bem valioso por parte das pessoas. Quase 80% dos brasileiros gostariam de ter a possibilidade de gerar eletricidade em suas residências por meio de placas fotovoltaicas (solar) ou equipamentos eólicos (vento). "Nesse caso, a ampliação do mercado livre para todos os consumidores residenciais, como já ocorre nos países desenvolvidos, é fundamental", avisa Medeiros. 

A Abraceel, em nome dos participantes da campanha "A Energia da Democracia é Livre", vai entregar a pesquisa do Ibope para os candidatos à presidência da República, de maneira a obter um compromisso com uma agenda de liberdade do setor elétrico. "A atual legislação já prevê o direito de escolha do consumidor, basta apenas a decisão das autoridades da área", conclui Medeiros.

Realizada pelo Ibope, a pesquisa entrevistou 2.002 pessoas em todo o território nacional de 17 a 22 de junho de 2014. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

SOBRE A ABRACEEL

Fundada no ano 2000, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) conta com 66 empresas participantes, responsáveis por 98% dos contratos contabilizados no âmbito do mercado livre. Para acompanhar as ações da campanha "A Energia da Democracia é Livre", basta visitar o site www.maisenergialivre.com.br e fazer o cadastro.

Fonte: Abraceel