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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Da compra às dividas: quais são os passos da concessão de crédito?

Comprar, comprar e comprar. É muito grande o número de consumidores que se inseriram nos últimos anos nas (tentadoras) relações de consumo. Como toda essa nova experiência, isso também ofereceu riscos a aqueles que não estavam habituados a ela. Endividar-se, então, tornou-se fácil.

O endividamento é prejudicial para todos os envolvidos: desde a empresa que concede crédito, até o consumidor que adquire problemas relacionados não só à vida financeira, mas muitas vezes também às relações pessoais. Dívidas mexem muito com a vida do cliente.

Segundo Maria Zanforlin, superintendente da Serasa Experian, o brasileiro é um consumidor nota 6. Isso significa que tem um conhecimento razoável sobre finanças. O que derruba a classificação, portanto, é o comportamento do cliente, que gasta mais do que pode.

Ela ressalta que o aumento da renda familiar indica o crescimento, também, do conhecimento sobre educação financeira. As pessoas que entraram agora no cenário de consumo, então, geram uma provocação. "O desafio é orientar essas pessoas a respeito de educação financeira e crédito", explica.

Em relação ao comportamento do consumidor, os resultados não variam de acordo com a classe social. Independente da renda, o cidadão consome mais do que deve. "As pessoas com poder aquisitivo maior podem ter uma reserva que pode ser utilizada em casos de dificuldade", diz.

Do outro lado da moeda, além da atuação do consumidor, está a empresa que concede crédito. A superintendente da Serasa Experian explica, então, que a empresa investe em uma ferramenta que já existe no Brasil há dez anos: o Cadastro Positivo. Por meio dele, os consumidores passam a ser avaliados também por seu histórico positivo – ao contrário de uma situação em que somente os fatos passados negativos seriam considerados.

Muitas vezes, ao emprestar dinheiro a pessoas com um histórico de inadimplência ruim, prejudica-se a economia. Assim, pode ser reduzido o número de concessões de crédito a pessoas que realmente precisam. O Cadastro Positivo atua para melhorar esse cenário e tornar mais transparente a vida financeira dos clientes.

Fundamental nesse processo é, também, a renegociação. Maria afirma que as empresas estão cada vez mais interessadas em oferecer novas opções aos consumidores que possuem dividas – porque não querem consumidores insatisfeitos ou em situações que não podem ser resolvidas.

Nesse sentido, a Serasa promove ações que visam informar e educar o consumidor – além de iniciativas de renegociação de dívidas. Exemplo disso é o chat realizado no Dia do Consumidor, que efetuou orientação. De acordo com esse evento, 50% dos clientes gostariam de renegociar suas dívidas. Para colaborar com esse desejo, a empresa realiza iniciativas até mesmo online.


Fonte: Consumidor Moderno/UOL

Caso Dhomini: direito de troca existe quando item apresenta defeito, mas, quebra-quebra não justifica

Ex-BBB Dhomini argumenta que pisos tinham
cores diferentes e que desejava trocar o produto. Ele
quebrou todo material dentro de loja no centro de Goiânia

No último sábado (3 de maio), o ex-participante do Big Brother Brasil Dhomini protagonizou uma cena polêmica em uma loja de materiais de construção no centro de Goiânia. Depois de não conseguir efetuar a troca de um piso porcelanato em liquidação, comprado no mesmo dia, o consumidor quebrou o produto dentro do estabelecimento. Para Laércio Godinho, assessor técnico Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) o direito de troca existe quando o produto apresenta defeito ou quando é entregue algo diferente do que foi pedido.
Segundo Godinho, “o fato de um produto estar na liquidação significa que algumas facilidade estão sendo oferecidas para o consumidor, mas isso não altera os direitos e deveres”. No entanto, quando o próprio cliente erra o número de um sapato ou a cor de uma tinta, por exemplo, a empresa não é obrigada a efetuar a troca. De acordo com o assessor técnico do Procon-SP, nessa situação, a decisão é do lojista. Caso a resposta seja positiva para o consumidor, ele deve se dirigir à loja com o produto e a nota fiscal.
Em caso de saldo de estoque, o cliente tem de ficar atento, já que, em geral, os comerciantes o fazem para desovar as últimas peças, o que pode levar a uma possível falta de produtos na hora da troca. “A empresa deve informar o consumidor sobre a quantidade de peças e se aquela que o cliente está querendo levar é a última, o que evita enganos”, diz Godinho.
O assessor técnico do Procon-SP alerta os consumidores a não fazer compras por impulso, principalmente em casos de queima de estoque. “Neste caso, a pressa não ajuda em nada e pode até atrapalhar”, afirma.
O ex-BBB argumentou que os pisos tinham cores diferentes e que desejava trocar o produto. Segundo o diretor Financeiro da loja São Jorge Shopping da Construção, Sérgio Renato Schramm, Dhomini foi orientado a entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) na segunda-feira (5). No entanto, quebrou o porcelanato dentro da loja e foi filmado por clientes que estavam por lá.
A empresa de materiais de construção registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de Goiânia. Segundo o delegado Izaías de Araújo Pinheiro, os fatos serão apurados e as testemunhas serão ouvidas; além disso, a Polícia Civil ouvirá o lado de Dhomini sobre o caso. “Como todo o processo é relativamente simples, deve levar apenas uns 30 dias para ser resolvido”, diz Pinheiro.
Um comunicado do estabelecimento foi divulgado, com o detalhamento do caso segundo os funcionários do local. Na nota, a empresa diz que para produtos em queima de estoque “não são aceitas trocas e nem devoluções das mercadorias vendidas, conforme informado pelos próprios vendedores durante a venda, além de constar no pedido, no orçamento de vendas e nos diversos cartazes afixados nos produtos da seção”.
Assista ao vídeo: http://ow.ly/wB8Qm.
Fonte: Portal IG