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terça-feira, 12 de novembro de 2013

'Black Friday 2013 vai barrar maquiagem de preços', garante idealizador

Imagem de arquivo do Black Friday nos EUA. Evento no Brasil
será no dia 29 com expectativa de ter menos reclamações de fraude
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Com a imagem arranhada por falsas ofertas no ano passado, o Black Friday brasileiro está pronta para coibir fraudes Neste ano, garantiu ao iG o idealizador do evento no País e CEO da Busca Descontos, Pedro Eugênio. O evento está programado para o próximo dia 29 de novembro. Descontos maquiados afetaram a reputação do evento no Brasil, em 2012.

Inspirada na tradicional liquidação dos Estados Unidos – que sucede o Dia de Ação de Graças –, a versão brasileira do Black Friday no ano passado recebeu 8 mil reclamações no site Reclame Aqui e centenas de notificações do Procon contra lojas pela suposta prática de maquiagem de preços. A má fama rendeu ao evento o apelido de Black Fraude (#blackfraude) nas redes sociais.

“Criamos um filtro para comparar a média histórica dos preços dos produtos em promoção nas lojas com os valores anunciados no dia do evento. Se houver discrepâncias, a oferta será barrada automaticamente”, explica Eugênio. Mas a triagem só vai funcionar por meio do site oficial do evento, responsável pela organização no Brasil. De acordo com o executivo, a intenção é acabar com a maquiagem de preços em datas promocionais. “O consumidor não é mais bobo como se pensava. As lojas têm aprendido, a duras penas, que as vendas não aumentam enganando o consumidor”.

A especialista em marketing digital e mestre em comportamento do consumidor pela UCLA-USA, Fátima Bana, considera positiva a iniciativa da promoção, mas recomenda que os interessados façam uma pesquisa prévia de preços. “Não é bom cair de paraquedas nas promoções. É melhor comparar os valores nas lojas dias antes do Black Friday, para saber se é de fato um bom negócio”.

Quem quiser aproveitar a data para antecipar as compras de Natal, orienta Fátima, pode fazer uma lista com os itens desejados e checar os preços em várias lojas antes de tomar a decisão final. Devido à concentração de visitas no dia do evento, pode haver lentidão e queda de acesso nos sites das lojas. "Recomendo paciência. Envie um e-mail ao lojista explicando o problema. Eles certamente vão querer recuperar a venda perdida ou dar o desconto prometido”, orienta Fátima.

CANAIS DE RECLAMAÇÃO

Se o consumidor notar alguma irregularidade, a orientação é recorrer primeiramente ao lojista. Caso o problema não seja resolvido de imediato, Fátima sugere procurar o Procon, no caso de lojas físicas, ou acessar o site Reclame Aqui, no caso de compras virtuais. Para este ano, a organização do Black Friday fechou uma parceria com o site de reclamações para facilitar denúncias e queixas contra lojas.

No ano passado, segundo o organizador do evento, muitas lojas aproveitaram a data para fazer suas próprias promoções, sem consultar a direção oficial. A melhor resposta do consumidor para a loja que maquiou preços no ano passado, acredita Eugênio, é "não comprar nela novamente". O Black Friday americana é um evento sério, e a versão brasileira pretende ter a mesma reputação, lembra Fátima. “O evento também tem o objetivo de doutrinar os varejistas. Não temos essa cultura por aqui, o brasileiro não estava preparado para isso”, diz.

A próxima edição do evento contará com 120 lojas virtuais – ante 80 no ano passado – e uma gama de lojas físicas, ainda não contabilizada. Não serão todos os produtos das lojas que terão descontos na data – apenas os selecionados. Para identificar a promoção verdadeira, deve-se procurar os produtos com o selo da Black Friday.

COMO DENUNCIAR FRAUDES

1 –   Procure diretamente o lojista e explique o problema. Reúna provas de descontos que não conferem. Se não houver resposta, recorra a outros canais.
2 –   Procure o Procon de sua cidade se a oferta tiver sido feita em lojas físicas.
3 –   Acesso o site Reclame Aqui para fazer queixas de irregularidades em sites.


Fonte: Portal IG

Procon Goiás registra desistência na compra de lotes por falta de planejamento

Metodologia de cálculo usada para apurar saldo devedor, quanto
maior a taxa Selic atual, se comparado com a taxa da época do contrato,
maior será o desconto no pagamento antecipado da dívida do imóvel

Levantamento feito pelo Procon Goiás mostra que o sonho da casa própria acaba se transformando em um pesadelo para um grande número de consumidores que não tem a cautela necessária na hora de adquirir este tipo de imóvel. Apesar de ainda ter empresas que vendem estes tipos de imóvel com correção anual apenas por índice como o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), têm outras que incluem, ainda, juros de 12% ao ano no cálculo do reajuste. Este acréscimo de juros faz com que no segundo ou terceiro ano, as prestações já se tornem impagáveis, havendo a necessidade de desistência da compra.

Em setembro deste ano, foram elaborados 279 cálculos para consumidores que estavam pleiteando a devolução de parte dos valores pagos diante da desistência da compra. Somente no mês de outubro, esse número subiu para 770 cálculos, um aumento de 176%. Em ambos os casos, o alerta do Procon é para os consumidores que possuam contratos de empréstimos e financiamentos usem o dinheiro extra para quitar as dívidas, pois de acordo com a metodologia de cálculo utilizada para apurar o saldo devedor, quanto maior a taxa Selic atual, se comparado com a taxa da época do contrato, maior será o desconto no pagamento antecipado da dívida. Vale lembrar que, em janeiro deste ano, a Selic era de 7,11%, passando para 8,90% em julho e, agora, em 9,40%, o que é fator importante para a quitação antecipada da dívida.

Com relação às compras de lotes, é essencial que o consumidor, antes de assinar a proposta de compra e venda, atente para a cláusula que estabelece a forma de reajuste e, ainda, peça uma simulação da evolução das parcelas. Desta forma, ele terá como avaliar se conseguirá ou não cumprir o contrato até o final. O órgão estadual de defesa do consumidor alerta para o fato de que em caso de desistência, o consumidor perde parte do valor pago nas parcelas. O Procon Goiás orienta o consumidor acerca das cláusulas contratuais. Os interessados devem procurar a sede do órgão, que fica na Rua 8 nº 242, Edifício Torres, no centro de Goiânia.



Fonte: Procon Goiás