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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ibedec inaugura escritório para defesa dos consumidores em Campo Grande e região

“O Estado de Mato Grosso do Sul e seus consumidores já
vinham necessitando de um órgão para tirar suas dúvidas
e oferecer orientações sobre as relações de consumo
do dia a dia”, destaca Wilson Rascovit, presidente
do Ibedec de MS e GO. Foto: Rodrigo Paniago


No próximo dia 27 de novembro, consumidores de Campo Grande e região do Estado de Mato Grosso do Sul vão contar com um apoio maior no que diz respeito aos seus direitos, com a inauguração do mais novo escritório do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo. Participam da abertura oficial das atividades do Ibedec-MS o presidente das seções goiana e sul-mato-grossense, Wilson Cesar Rascovit, e o presidente nacional, José Geraldo Tardin, à frente da matriz do órgão, no Distrito Federal, desde junho de 2001.

Rascovit justifica que há uma demanda no Estado que precisa ser sanada. “O Estado de Mato Grosso do Sul e seus consumidores já vinham necessitando de um órgão para tirar suas dúvidas e oferecer orientações sobre as relações de consumo do dia a dia. Diversas pessoas, que convivem constantemente com problemas relacionados ao desrespeito aos seus direitos, precisam saber por qual caminho percorrer.”

Segundo ele, o  Ibedec-MS também pretende aperfeiçoar os mecanismos de defesa do consumidor já existentes. “Em nosso escritório de Campo Grande, o atendimento será gratuito, até porque somos uma organização sem fins lucrativos. Ainda oferecemos estudos aprofundados e orientações judiciais cabíveis para cada caso específico. Também temos o intuito de trabalhar em parcerias com outros órgãos da mesma área, como o Procon.”

Para Rascovit, “a criação do Ibedec-MS também representa um marco na história do estudo e defesa dos direitos do consumidor no Brasil, pois será uma realização que se perpetuará no tempo”. “É motivo de orgulho para todos nós e um avanço na hora de fazer valer o que está determinado no Código de Defesa do Consumidor (CDC), entre outros códigos nacionais que servem para defender os cidadãos”, destaca.

Além da matriz em Brasília e da filial em Goiânia, o Ibedec ainda mantém escritórios e/ou representantes nas seguintes cidades: Cuiabá (MT), São Luís (MA), Presidente Prudente (SP), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Diariamente, o Instituto recebe dezenas de consultas por e-mail e, pessoalmente, em seus escritórios.

Rascovit destaca ainda que os sites www.ibedec.org.br e www.ibedecgo.org.br “já se tornaram importantes ferramentas de divulgação dos direitos dos consumidores”. Na internet, todos têm acesso a cartilhas gratuitas com orientações específicas e notícias relacionadas aos direitos do consumidor de todo o País, tanto no blog (www.ibedecgo.blogspot.com.br) quanto nas redes sociais (Facebook e Twitter).

A função do Instituto

Para aqueles que desconhecem o trabalho do Instituto, o Ibedec não tem poder de multar empresas, mas pode buscar a conciliação entre consumidores e fornecedores; e entrar com ações judiciais para reparações de danos, fazendo valer seus direitos, descritos no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

“Basicamente, o objetivo do Instituto é reunir profissionais gabaritados nas áreas econômica e jurídica, para estudar e orientar a população sobre as relações de consumo e todos os seus desdobramentos, visando à difusão dos seus direitos e os meios legais para defendê-los”, explica o presidente.

O Instituto ainda atua no campo político, com o propósito de sensibilizar os governantes e os legisladores quanto aos problemas vividos pelos consumidores, procurando soluções e mudanças que possam melhorar as relações de consumo no País. “Apresentamos constantemente sugestões legislativas, que visem aos benefícios e respeito aos direitos do consumidor, por meio de novas leis”, ressalta Rascovit.

“O órgão ainda dispõe de um cadastro de profissionais das áreas econômica e jurídica, conveniados para prestar serviços aos consumidores, evitando que pessoas entrem com ações erradas na Justiça e, muitas vezes, acabem sendo prejudicadas”, informa.

Rascovit também destaca que quem procurar o Ibedec-MS vai receber todas as informações referentes às relações de consumo, gratuitamente, e só vai se filiar a partir do momento que for utilizar algum serviço, do próprio Ibedec ou de seus conveniados. “Também fazemos um amplo trabalho de informação para a comunidade, com participação em entrevistas e debates em rádios, programas de TV e jornais. Tudo com o intuito de disseminar os meios de defesa dos consumidores.”

O Ibedec, por fim, tem como objetivo lutar junto aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, para que os direitos dos consumidores, garantidos pela Constituição Federal, Código Civil, Código de Defesa do Consumidor e legislações específicas nos municípios e nos Estados, sejam respeitados. “Temos como princípio lutar por um país mais justo”, garante Rascovit.

O Ibedec-MS, que é uma entidade privada mantida por seus associados, funcionará na Rua da Lira nº 234, Sala 2, Vila Carlota, em Campo Grande (MS). Agende seu atendimento gratuito pelo telefone 67 3015-1090.

Postado por Marjorie Avelar, assessora de comunicação do Ibedec Goiás

Ibedec Goiás orienta consumidor que deseja comprar veículo no Salão Auto Caixa

Começa hoje, 5 de novembro, e segue até sábado (7), a 9ª edição do Salão Auto Caixa, realizada em parceria com a Caixa Seguradora, Banco Pan, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O “feirão” acontecerá em diversos Estados brasileiros e, em Goiás, nas cidades de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa, Goiânia, Luziânia, Uruaçu e Valparaíso de Goiás. 
           
A Caixa Econômica Federal (CEF) promete ofertar linhas de crédito, com condições diferenciadas, para a aquisição de carros e motos novos ou usados, nacionais ou importados, com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês, sem a cobrança de tarifas adicionais (o que supostamente tornaria o financiamento mais vantajoso para os clientes) e com a possibilidade de pagamento da primeira parcela somente após o carnaval.

Presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo – Ibedec Goiás, Wilson Cesar Rascovit alerta que o problema é que o “mar de rosas” mostrado nas propagandas oficiais só existe na TV. “Assim como os planos de saúde, que trazem crianças alegres e saltitantes, os comerciais de financiamento da casa própria mostram apenas pessoas com seus sonhos realizados. O mesmo vale para a compra de veículos”, comenta.

Segundo ele, os milhões de processos, que tramitam no Poder Judiciário, além das reclamações e problemas relatados aos Procons e nos escritórios do Ibedec em todo o Brasil, comprovam que a realidade é bem diferente. “O sonho de ter o veículo novo ou usado pode virar um grande pesadelo, quase interminável.”

O presidente do Ibedec Goiás alerta aos consumidores, que “todo financiamento cobra juros e as aquisições em longo prazo acabam gerando um prejuízo ainda maior para o consumidor, porque ele pode pagar, na maioria das ocasiões, duas vezes o valor do veículo”.

“Só a promessa de que a primeira parcela será cobrada após o Carnaval já traz a intenção do agente financeiro de cobrar ainda mais juros do consumidor. Isto porque, durante todos os meses que ele não pagará a parcela, estas serão incorporadas aos juros que pagará no financiamento, ou seja, não existe almoço grátis”, avisa Rascovit.

Para evitar dores de cabeça e tentar fazer com que o sonho realmente vire realidade, o presidente do Ibedec Goiás elaborou um guia rápido de consulta para os candidatos à compra do carro/moto nos “feirões”:

* Pesquise o preço do veículo - Procure avaliar outros veículos à venda do mesmo tipo/modelo/ano, para saber o valor de mercado. Também vale pesquisar junto a sites especializados e garagens de sua cidade. Para fazer um bom negócio, é preciso saber o valor médio de outros veículos com as mesmas características daquele que você pretende comprar e já determinar o valor máximo que deseja pagar pelo carro/motocicleta.

* Pesquise as taxas de juros – Não é somente a Caixa Econômica Federal que faz financiamentos para automóvel: todos os bancos do País fazem. E a taxa de juros varia conforme sua renda, o valor do veículo e o valor do financiamento. Pesquise e faça simulações em todos os bancos para encontrar a melhor taxa. Fique atento ao CET (Custo Efetivo Total do Financiamento), percentual que mostra quanto o financiamento vai custar, incluindo todas as taxas administrativas e tributos cobrados pela instituição financeira. Nem sempre a menor taxa de juros é o melhor negócio. Para ajudar na pesquisa, a internet é uma grande ferramenta, pois todos os bancos têm simuladores online.

* Guarde todos os panfletos, anúncios e escritos feitos pelos vendedores – Na Justiça, tudo vale como prova e o que é prometido vincula o fornecedor a cumpri-lo. Então, tudo que for objeto da negociação, faça constar na proposta de compra, inclusive prazos, taxas de juros e outras despesas.

* Proposta de compra com dependência de financiamento – Não é possível a nenhum vendedor prometer a aprovação de financiamento, porque tal aprovação dependerá do preço do carro/moto, sua renda, valor da entrada, valor financiado e regularidade do seu cadastro. Se você depende de financiamento para comprar o veículo, não assine nenhum documento antes de verificar se seu crédito está aprovado.

Caso o vendedor lhe empurre um “pedido de reserva” ou peça para deixar um “cheque caução”, com a promessa de que se o financiamento não for aprovado o negócio está desfeito, sem qualquer custo, não vacile: exija tal compromisso por escrito, que pode ser até por uma simples frase colocada nesta proposta: “Em caso de não aprovação do meu financiamento, serei ressarcido imediatamente do que desembolsei de sinal ou do meu cheque caução, não ficarei obrigado a pagar nenhuma taxa e devolução será no ato de minha solicitação”. Se não tomar estes cuidados, é certeza que terá de recorrer à Justiça, caso tenha o financiamento negado, pois a maioria das empresas cobra multa.

* Comprometimento de renda – Não comprometa mais de 15% de sua renda com o pagamento da primeira parcela do financiamento, e não  caia na tentação de comprometer 30%, conforme muitos bancos orientam. Este cuidado é fundamental para você conseguir honrar todas as parcelas do financiamento, sem dificuldades. Lembre-se que o prazo é muito longo e que dificuldades e crises acontecem sempre, e com todos. Comprometer menos seu salário é o caminho certo para não haver surpresas desagradáveis no futuro.

* Defina as necessidades pessoais, familiares e a forma de utilização mais frequente do veículo - Se for o único carro da família e vai ser utilizado para todas as atividades do dia-a-dia e ainda nos fins de semana e viagens, o ideal é uma perua, por exemplo.

* Duas ou quatro portas – Estes tipos de veículos já não são nem questão de necessidade, mas quase um item de serie, porque não só facilitam o acesso ao banco de trás como também contam muito na hora de revender o veículo.

* Motores 1.0 a 1.6 – Eles não têm grandes diferenças de consumo e também contam no momento da revenda. Se a cidade onde o veículo roda tem muitas subidas e descidas, ou se há trechos de estrada entre a casa e o trabalho, vale a pena investir em um modelo mais potente que os de motor 1.0.

* Acessórios – Trio elétrico (acionamento elétrico dos vidros, travamento automático das portas e acionamento elétrico de retrovisores) pode ser extremamente útil, assim como o ar condicionado, bem considerável principalmente em cidades quentes, como Goiânia e outras de Goiás. Mas é bom saber que este item, geralmente, eleva o consumo de combustível. A direção hidráulica em muitos carros também é um item quase obrigatório, pois estacionar e manobrar sem este acessório pode ser “um martírio” para quem não tem muita força física nos braços.

* Lugares frios – O aquecedor interno é bem vindo para quem vive em cidades mais frias, assim como o desembaçador de vidros traseiros. Na vida moderna, acendedor de cigarros é indispensável, não propriamente pelo hábito não saudável do fumo, mas para conectar carregadores de celular, notebooks, iPads e tocadores de MP3 e MP4.

Outros itens como teto-solar, faróis de neblina, para-choques da cor do veículo, rodas de liga-leve, pneus de perfil mais baixo, GPS e outros itens não são indispensáveis e podem encarecer o sonho do veículo novo.

* Cor do veículo – Esta parte também influencia no calor interno, no preço de compra e na facilidade de revenda. Veículos de cores claras retêm menos calor interno e por isto são mais recomendáveis, por serem mais agradáveis e exigirem menos esforço do ar condicionado e, consequentemente, gasta menos combustível. Veículos de cores metálicas são cerca de 500 a 1 mil reais mais caros. Na hora de efetuar algum reparo, também custa, mais, porém têm melhor valor de revenda. Já os carros de cores extravagantes são de difícil revenda.

* Combustível - O tipo de combustível também é importante. Hoje os carros flex são a opção mais adequada, pois permitem a escolha mais econômica na hora de abastecer. Carros movidos somente a gasolina ou somente a álcool são de revenda mais difícil.

* Test-drive - É extremamente importante fazer um test-drive no veículo para saber se ele atende às suas necessidades e se a sua condução é fácil. Não esqueça também de medir se o veículo escolhido cabe na garagem do seu prédio. 

* Tipos - Veículos do tipo esportivo, de luxo ou de fabricantes com poucas concessionárias no País podem ter valor de seguro mais elevado, além de ter peças de reposição mais caras que, muitas vezes, demoram dias e até meses para chegar.

* Estoque das concessionárias - Todo começo de ano as concessionárias se movimentam para a “desova” de estoque de carros zero km do ano anterior. O consumidor pode, com isto, ser atraído pelas propagandas e vendedores que dizem que o veículo é modelo 2015. Só que a informação não dita, clara e ostensivamente, é que o veículo é ano de fabricação do ano anterior.

Isto pode representar um grande prejuízo para o consumidor, tanto no momento da compra como na hora da revenda. No mercado de veículos, o que vale é o ano de fabricação, portanto, se o carro ou moto é ano de fabricação 2014, não importa se é modelo 2015 comprado neste mesmo ano. Na hora da venda, ele vai valer como sendo de 2014. Isto representa em torno de 15% a menos no valor dele.

* Seguro e IPVA – Considere, por fim, o valor do seguro e do IPVA para o modelo escolhido, porque estes itens representam 6% do valor do veículo e devem ser pagos em três ou quatro parcelas, o que pode pesar muito no orçamento familiar.


Para auxiliar os consumidores, o Ibedec Goiás disponibiliza uma publicação no site www.ibedecgo.org.br - a Cartilha do Consumidor – Especial Veículos. O download é gratuito.

Postado por Marjorie Avelar, assessora de comunicação do Ibedec Goiás