Nos
últimos anos, o governo federal, sob a alegação de que a inflação estava controlada, incentivou o consumidor a gastar, facilitando o acesso ao crédito.
“Os consumidores por sua vez, acreditando nas promessas do governo, consumiram.
Mas, depois das falsas promessas, agora eles estão com a
corda no pescoço, pois compraram carros, imóveis financiados, eletrodomésticos,
roupas, reforma da casa, etc.”, critica Wilson Cesar Rascovit, presidente do
Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo – Seção Goiás
(Ibedec-GO).
De
acordo com ele, na maioria das vezes essas compras foram feitas para pagamento
em longo prazo, o que vem comprometendo, geralmente, mais de 30% da renda. “Agora,
este consumidor colhe o resultado, pois diante de tais dívidas têm de se
sujeitar à utilização do cartão de crédito e do cheque especial, o que somente
afunda ainda mais o consumidor nas divida já assumidas.”
Diante
disso, o Ibedec Goiás, preocupado com este consumo exagerado que “afundou o
cidadão em dívidas”, dá algumas dicas. “Faça um levantamento de todas as dívidas
existentes, verificando quais as taxas de juros aplicadas em cada empréstimo.
Depois faça a negociação.”
Segundo
Rascovit, “o consumidor, infelizmente, não sabe quais as taxas que paga em seus
empréstimos, porque muitos só preocupam com o valor da prestação e não com os juros;
e isso tem de ser mudado na mentalidade do brasileiro”.
Como
exemplo, o presidente do Ibedec Goiás alerta para os juros do cartão de crédito,
que chegaram a 345,8% ao ano e do cheque especial, 220,4% ao ano, conforme informações
do Banco Central.
“O
consumidor tem de ficar atento a essas taxas, que são somente a média dos juros,
porque várias instituições financeiras, principalmente os bancos, cobram bem
mais que isso. O cartão Carrefour, pelo crédito rotativo,cobra na fatura em
atraso um juro de 1.094,91% ao ano. Isto é um absurdo”, exemplifica Rascovit.
Para
tentar quitar as dívidas, uma das orientações do Ibedec Goiás é fazer um empréstimo
pessoal – o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) - que hoje conta com taxas
menores, de 104,5% ao ano, ou um consignado (26,8% ao ano).
Postado por Marjorie Avelar - Assessora de Comunicação do Ibedec Goiás
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