Instrumento de trabalho. Sávio Hoff, depois de ser assaltado duas vezes, aderiu ao seguro do celular |
O receio de perder um investimento alto feito em um aparelho de celular, seja em um assalto ou mesmo estragos que podem acontecer no dia a dia, tem levado muitos consumidores a pagar até um terço do valor do aparelho em seguro. Entretanto, nem sempre o problema está incluído na cobertura e o dono do celular vai ter que arcar com o prejuízo, alerta Sônia Amaro, supervisora institucional da Proteste Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.
Ela recomenda que, para evitar surpresas desagradáveis, antes de contratar o serviço, o consumidor tem que ficar atento, já que cada contrato tem uma cobertura diferente. “É importante pesquisar, se informar antes de assinar o contrato. Há os sites das operadoras e das seguradoras em que é possível fazer simulações”, observa.
Algumas seguradoras, por exemplo, só cobrem danos físicos em casos de incêndio ou quando o aparelho quebra em um acidente de carro. “Logo, é preciso saber exatamente qual o tipo de cobertura, as exceções, além dos procedimentos necessários caso ocorram os problemas que são cobertos pelo seguro que foi contratado e analisar se vale fazer o investimento, que é um custo a mais”, observa.
A especialista em direito do consumidor ressalta que não basta ter o seguro. No caso de assalto, é indispensável registrar o boletim de ocorrência para acionar a companhia. O valor do seguro do celular depende do tipo de cobertura e do modelo de aparelho.
VIOLÊNCIA
Depois de ter sido assaltado duas vezes em menos de 40 dias, uma no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, o estilista Sávio Hoff resolveu fazer seguro do seu iPhone 6 Plus. “O meu celular não é só para fazer ligações. É meu instrumento de trabalho. Não posso ficar sem os meus arquivos. No caso do iPhone, preciso do aparelho para ter acesso aos dados”, diz. Ele fez o seguro na Tim há menos de um mês. Para ele, em razão do aumento da violência nas cidades, a tendência é de aumento na procura pelo seguro dos celulares.
Hoff não está sozinho. Mais de 5 milhões de celulares foram roubados, furtados ou extraviados neste ano no Brasil, conforme o Sindicato das Empresas de Telefonia Móvel.
Precaução. Diante de relatos de conhecidos e amigos que tiveram o celular roubado, a pedagoga Conceição Caldeira, por precaução, decidiu fazer neste ano o seguro do seu iPhone. “Quando fui adquirir o aparelho na loja da Vivo, o vendedor me falou do seguro. Achei interessante e resolvi fazer. Muita gente só opta pelo seguro quando já aconteceu o problema”, diz.
Fonte: O Tempo
0 comentários:
Postar um comentário