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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Seguro de celular está em alta, mas contrato pede atenção do consumidor

Instrumento de trabalho. Sávio Hoff, depois de ser
assaltado duas vezes, aderiu ao seguro do celular

O receio de perder um investimento alto feito em um aparelho de celular, seja em um assalto ou mesmo estragos que podem acontecer no dia a dia, tem levado muitos consumidores a pagar até um terço do valor do aparelho em seguro. Entretanto, nem sempre o problema está incluído na cobertura e o dono do celular vai ter que arcar com o prejuízo, alerta Sônia Amaro, supervisora institucional da Proteste Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.

Ela recomenda que, para evitar surpresas desagradáveis, antes de contratar o serviço, o consumidor tem que ficar atento, já que cada contrato tem uma cobertura diferente. “É importante pesquisar, se informar antes de assinar o contrato. Há os sites das operadoras e das seguradoras em que é possível fazer simulações”, observa.

Algumas seguradoras, por exemplo, só cobrem danos físicos em casos de incêndio ou quando o aparelho quebra em um acidente de carro. “Logo, é preciso saber exatamente qual o tipo de cobertura, as exceções, além dos procedimentos necessários caso ocorram os problemas que são cobertos pelo seguro que foi contratado e analisar se vale fazer o investimento, que é um custo a mais”, observa.

A especialista em direito do consumidor ressalta que não basta ter o seguro. No caso de assalto, é indispensável registrar o boletim de ocorrência para acionar a companhia. O valor do seguro do celular depende do tipo de cobertura e do modelo de aparelho.

VIOLÊNCIA

Depois de ter sido assaltado duas vezes em menos de 40 dias, uma no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, o estilista Sávio Hoff resolveu fazer seguro do seu iPhone 6 Plus. “O meu celular não é só para fazer ligações. É meu instrumento de trabalho. Não posso ficar sem os meus arquivos. No caso do iPhone, preciso do aparelho para ter acesso aos dados”, diz. Ele fez o seguro na Tim há menos de um mês. Para ele, em razão do aumento da violência nas cidades, a tendência é de aumento na procura pelo seguro dos celulares.

Hoff não está sozinho. Mais de 5 milhões de celulares foram roubados, furtados ou extraviados neste ano no Brasil, conforme o Sindicato das Empresas de Telefonia Móvel.

Precaução. Diante de relatos de conhecidos e amigos que tiveram o celular roubado, a pedagoga Conceição Caldeira, por precaução, decidiu fazer neste ano o seguro do seu iPhone. “Quando fui adquirir o aparelho na loja da Vivo, o vendedor me falou do seguro. Achei interessante e resolvi fazer. Muita gente só opta pelo seguro quando já aconteceu o problema”, diz.

Fonte: O Tempo

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