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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Parcelas a vencer não devem ser antecipadas ao cancelar o cartão de crédito

As facilidades para adquirir e a diversidade de operadoras que oferecem os serviços têm aumentado o número de cartões de crédito no mercado. Contudo, depois de adquirido, conseguir se desfazer do serviço pode não ser tarefa fácil. 
O servidor público Rodrigo Pereira da Costa conta que com o valor da anuidade abusiva do seu cartão de crédito, optou por pedir o cancelamento do cartão. Contudo, foi informado que para efetuar o cancelamento, as parcelas ainda a vencer precisariam ser antecipadas. "Fui obrigado a pagar todas as parcelas das compras parceladas", conta.
Segundo ele, o caso ocorreu há cerca de três anos e, agora, novamente quer cancelar o serviço pelo mesmo motivo, mas teme que a mesma cobrança seja efetuada no momento do cancelamento. "Estão me cobrando uma anuidade alta e tenho duas compras parceladas no cartão, ambas com mais de 10 parcelas a vencer. A diferença agora é que o total dos meus parcelamentos somam quase R$ 5 mil e quando eu cancelei anteriormente, não somavam mais do que R$ 300. Temo que, se quiser cancelar este cartão, este banco também venha querer me obrigar a pagar as parcelas vincendas", explica.
A supervisora da área de assuntos financeiros, Renata Reis, afirma que a operadora não pode atrelar o pedido de cancelamento do cartão aos débitos ainda a vencer e que isso não se modificou nos últimos anos.
Segundo ela, o consumidor tem o direito de cancelar os serviços a qualquer momentos, até mesmo para evitar que as cobranças de anuidade contribuam com o endividamento. "Impedir o cancelamento coloca o consumidor em desvantagem excessiva e as parcelas a vencer não podem ser obrigatoriamente antecipadas", afirma.
Para o pagamento das parcelas a vencer, orienta o Procon São Paulo, a operadora deve negociar com o consumidor o envio de boletos bancários ou outra forma de pagamento sem que seja acrescido o valor de parcelas ou total de anuidade, já que os serviços não estão sendo mais utilizados. O consumidor terá, desta forma, que arcar apenas com o valor proporcional da anuidade do cartão antes da data de cancelamento.
Mesmo o consumidor que tenha feito o reparcelamento da dívida ou que tenho valores no rotativo a serem pagos têm o direito de cancelar os serviços. Nestes casos, o valor das parcelas e forma de pagamento devem ser acordados entre as duas partes.
Em casos de dúvidas ou reclamações, o Procon-SP orienta o consumidor a primeiro entrar em contato pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da operadora e em uma segunda instância na ouvidoria da própria empresa, fazendo sempre anotações do número de protocolo. Caso não haja solução, tanto o Procon como o Banco Central podem ser acionados em busca de soluções.

População brasileira está gorda, mas mercado de alimentação ainda não se adaptou

O brasileiro está mais gordo. Mais de 70% da população está acima do peso recomendado para uma vida saudável, 51% com sobrepeso e 17% estão obesos, ou seja, um em cada seis pessoas. Apesar dessa nova realidade, o mercado ainda não se adaptou ao cenário e comer de forma mais equilibrada fora de casa ainda é difícil. O que hoje é um gargalo, pode tornar-se uma oportunidade de ouro para o mercado de alimentação. 

Lívia Barbosa, diretora do Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing (CAEPM-ESPM), em reportagem da PEGN (Pequenas Empresas Grandes Negócios), elucida para o fato de que o aumento global de doenças cardiovasculares e de obesidade seja ligado ao sedentarismo ou à alimentação, e o envelhecimento da população; cada vez mais interessa às pessoas viver melhor. Portanto, os temas saúde e comida assumiram um papel mais central na sociedade contemporânea.

No Brasil, o mercado de alimentação saudável deve superar os R$ 40 bilhões em 2014, conforme projeção feita pela consultoria Euromonitor. O consumo de alimentos que beneficiam a saúde cresce no mundo a taxa três a quatro vezes superior à média de expansão das vendas dos alimentos convencionais.

Segundo informações da BRF, os aspectos mais importantes considerados pelo brasileiro ao comprar um produto são:

54% - Ser da marca em que eu confio ou que conheço
52% - Ser gostoso ou saboroso
28% - Ser nutritivo, enriquecido com vitaminas
27% - Ser um alimento de qualidade
27% - Ser barato
22% - Ser um alimento com menos conservantes

Foi pensando nisso que a microempresária Belyssa Pereira resolveu entra no mercado de alimentação saudável e funcional. “Hoje as pessoas estão superalimentadas, porém desnutridas. Com um dia a dia tão corrido podemos começar pela alimentação, para que quando a correria diminua possamos aproveitar com saúde os frutos de um trabalho tão árduo. Hoje os nutricionistas prescrevem centenas de dietas e com um dia a dia tão corrido quem consegue ir ao mercado e preparar um cardápio variado para a semana? E se alguém pode cozinhar como nossas mães e avós, receitas saudáveis, saborosas e caseiras, por que não pagar por esse serviço?”, explica a empresária, que fornece refeições congeladas, com cardápios individuais ou semanais.

SALADA 
Vale lembrar que não se pode deixar enganar por qualquer folhinha verde. Algumas pesquisas indicam que redes de fast food que se vendem como saudáveis podem ser tão prejudiciais para a saúde quanto o bom e velho sanduíche. Pesquisadores da UCLA (University of California Los Angeles) descobriram que adolescentes que preferiam os lanches do Subway nos Estados Unidos acabavam por consumir tantas calorias quanto os que comiam nos restaurantes Mc Donald’s, mas com muito mais sódio. 

As saladas servidas por alguns restaurantes, com croutons, queijos e embutidos de carne podem ser também tão prejudiciais quanto qualquer outro prato rápido cheio de conservantes e aditivos.


Comer na rua pode ser mais saudável que em casa
A pesquisa Nutrir-se ou comer aponta: diálogos e dilemas no cotidiano de clientes e de nutricionistas em restaurantes de refeição por peso, pessoas que utilizam restaurantes por quilo para realizar refeições fora de casa sabem quais alimentos são saudáveis e quais não são. A maioria escolhe o que coloca no prato segundo os critérios de saúde.

O grande problema é aquilo que se come à noite, durante o jantar: geralmente alimentos com maior teor de gordura e calorias, como alimentos congelados ou de preparo mais rápido, de acordo com o estudo realizado pela nutricionista Odete Santelle, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Odete acredita que as pessoas não comem errado por opção, mas por uma série de dificuldades que atrapalham a adoção de uma rotina alimentar mais saudável. “Por isso, o profissional de nutrição deve entender o dia a dia dos clientes a fim de identificar quais as dificuldades da pessoa. E, a partir disso, fazer uma proposta de educação e saúde alimentar que seja adequada a cada realidade.”

Fonte: Consumidor Moderno/UOL