No Brasil, os consumidores estão mais propensos a trocar de
operadora de celular em comparação com clientes de outros países, apontou
estudo da Nokia. No levantamento, 67% dos usuários brasileiros mudaram de
empresa nos últimos cinco anos enquanto 48% mostraram-se dispostos a tal nos
próximos 12 meses.
No mundo, essa taxa é inferior a 40%. Em países como Rússia e Estados Unidos, está em cerca de 27%. A pesquisa ouviu 12 mil usuários de 11 países.
De acordo com Fernando Carvalho, diretor de estratégia e
desenvolvimento de negócios da Nokia para a América Latina, a percepção de
qualidade é fator determinante para a decisão de trocar de operadora. Ao mesmo
tempo, o consumidor está ficando mais exigente. 41% dos entrevistados se
enquadram nesta situação.
Fora isso, a categoria preço e cobrança foi apontada como
mais importante para 33% dos usuários. "Desde a privatização, as
operadoras no Brasil estão em uma batalha por público. Então, a briga por
qualidade é nova”, acredita Carvalho, explicando que os consumidores estão
dispostos a pagar mais por isso, algo inédito no contexto brasileiro.
Segundo o executivo, é mais fácil para as operadoras
disputarem usuários no quesito preço, já que para ter mais qualidade são
necessários investimentos maiores em rede, que levam anos para serem
concluídos.
A pesquisa apontou, ainda, que o percentual de usuários
constantes de dispositivos móveis, os chamados "heavy users", subiu
de 57% para 64%, na comparação 2012/2013. Em 2011, o índice era ainda menor,
representando 46%.
Na Inglaterra, esse número é semelhante ao brasileiro, cerca
de 66%. Estados Unidos e Coréia do Sul contabilizam 75% e 84%, respectivamente.
Entre os heavy users, 24% utilizam downloads, uploads e streaming quase diariamente; três em cada cinco usuários usam apps variados e um terço do consumo de dados ocorre por meio de banda larga móvel.
Entre os heavy users, 24% utilizam downloads, uploads e streaming quase diariamente; três em cada cinco usuários usam apps variados e um terço do consumo de dados ocorre por meio de banda larga móvel.
No total, foram ouvidos 1,08 mil usuários de smartphones,
feature phones e tablets. Brasil, Itália, Espanha, Canadá, Coreia do Sul, Reino
Unido, Estados Unidos, Rússia, China, Quênia e México participaram do
levantamento.
Fonte: B2B Magazine via Reuters