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segunda-feira, 10 de março de 2014

Consumo deve crescer e alta de juros está perto do fim

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada na quinta-feira passada, dia 6 de fevereiro, mantém a perspectiva de aumento de consumo, mesmo que moderado, ajudando no crescimento da economia. O Copom indica ainda estabilidade nos preços da gasolina neste ano. E também aponta perspectiva de reajuste de 7,5% na tarifa residencial de eletricidade.

Mesmo com a desaceleração de oferta de crédito ao cliente, reflexo das oito altas seguidas na taxa básica de juros (Selic) e da que está prevista para o próximo mês, o BC estima crescimento moderado no consumo dos brasileiros para 2014, trazendo alívio para os setores que temiam estagnação do crescimento econômico. A instituição entende que o consumo vai avançar, mesmo que em ritmo mais moderado do que registrado anteriormente.

Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, tirou da ata indicativos de que a série de oito elevações da Selic caminha para um fim em breve. Para o especialista, já se observam sinais macroeconômicos que podem levar o Banco Central a interromper o ciclo. 

“O Copom afirma que a demanda e a oferta têm ritmos de crescimento que ‘paulatinamente se aproximam’, provavelmente indicando que o ajuste na política monetária já começa a induzir um rebalanceamento da economia. De resto, a perspectiva é de ‘ritmo de expansão da atividade doméstica relativamente estável este ano’”, escreveu Goldfajn. 

A sugestão do Copom de manter o ciclo de altas da Selic influenciou ontem o fechamento em alta de mais de 1% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Após quatro sessões de queda, subiu 1,08%, 47.093 pontos. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a renda média geral do brasileiro cresceu 29,6% entre 2003 e 2013. Entre os exemplos de sonhos de consumo que se tornaram realidade estão a casa própria, os eletrodomésticos e o automóvel. 

O BC trabalha para encontrar equilíbrio para que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Conforme o órgão, a inflação está “ligeiramente acima daquela que se antecipava”. Principalmente, pela variação dos índices de preços ao consumidor registrada nos últimos 12 meses. 

Na semana passada, o Banco Central elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano.

Fonte: O Dia Online - Publicado  no Portal do Consumidor

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